TRAJANDO-TE

Teus segredos profundos,

São como as ninfas do mar,

Que de encantamento se viu,

A noite vir formosamente ao luar!

Como de morena sois,

O silêncio ensurdecedor da vida,

Que envolve-me em vozes que,

Ecoa pelos caminhos do meu paraíso.

Pois é o sombrio das loucuras,

Que minha mente se declara,

Perseguindo-te, ah música na harpa!

Quando tocada em dia de poesia.

Até os teus olhos me alucinam,

Enquanto em meio a areia quente do deserto,

Avisto-te ao longe que até ficas tão próxima,

De tudo o que em ti, o coração habita.

Oh, tu que deixas-te ser assim,

O meu interior substancial da divindade!

Então se revelas, na sua mais plena totalidade,

Mesmo sendo de todo, apenas o encoberto.

Quero que saibas de antemão,

Que sou o poeta que pinta as musas!

Não falo dos corpos, mas da alma desnuda,

Que constantemente a mim se destinam.

Será que enquanto dormias,

Um pássaro com sua asas de anjo,

Pousou sete vezes em sua janela,

Só para lhe fazer companhia?

Poderia ser até eu, transfigurado na surdina,

Velando o seu sono na madrugada fria e,

Sem que notasse, sua inocência apreciaria,

Voltando para onde a morada se fazia,

E de homem, com sua ternura, trajaria-me.

Poema n.3.112/ n.83 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 16/11/2024
Código do texto: T8197927
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.