NÃO ME PEÇA AMOR
Quanto mais eu vejo que
Teus olhos estão se calando
Sinto que ele tenta me falar algo.
Sinto que de dentro de sua boca
Junto com o tempo que passa
Mais aumenta dentro de mim
A incerteza de que você
Vai me dizer adeus.
Não, não, não meu amor,
Não me diga o que
Eu nunca quero ouvir
Não deixe que o nosso amor
Se destrua e se acabe,
Pois eu não quero desistir
De seus encantos e nunca
Pensei em ver você partir.
Não, não, não me peça amor,
Para eu poder entender,
Pois eu sinto que nada será
Igual depois da tua partida.
Fico aqui a imaginar
Como te esquecer,
Como dormir sem seus carinhos,
Como vou poder acordar
Sem ao menos poder te ver,
Ou simplesmente como vou viver.
Comendador Marcus Rios
Poeta Iunense – Acadêmico -
Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)
Membro Efetivo da Academia Marataizenses de Letras
Membro Efetivo da Academia de Ciências Letras e Artes de Vitória - ES
Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni –
Membro Correspondente da Academia de Letras e Artes de Fortaleza
Embaixador da Paz Cercle Universel Des Ambassadeurs De La Paix Suisse/France
Obrigado poeta Sezar Kosta, por esta linda postagem no meu poema.
Marcus, que retrato profundo da fragilidade do amor!
Seu texto ecoa como uma prece àquilo que tememos perder, envolvendo o leitor em um turbilhão de sentimentos tão humanos quanto universais.
É como se cada palavra fosse um fragmento de um coração tentando resistir à maré da despedida, enquanto o amor luta contra o inevitável.
Os olhos que se calam e a boca que não diz são metáforas belíssimas da comunicação que não precisa de palavras — porque, às vezes, o silêncio carrega mais verdades do que gostaríamos de admitir.
Essa incerteza que você traz, como uma nuvem pairando sobre o horizonte, reflete o medo de encarar o vazio que fica quando alguém amado parte.
É um lembrete doloroso, mas necessário, do quanto amar é também aprender a lidar com a possibilidade da ausência.
A força do "não, não, não" reverbera como uma súplica sincera, quase um grito abafado pelo peso da emoção.
E como não sentir o impacto das perguntas finais?
Elas nos deixam refletindo sobre o que realmente significa viver sem o amor que nos sustenta.
Parabéns, Marcus, por transformar essa angústia em poesia, por ensinar que até na dor do adeus há beleza.
Sua escrita não só toca, mas também nos faz valorizar as conexões que temos hoje.
Bravo! 🌟
Para o texto: NÃO ME PEÇA AMOR