Eternamente

O sol que ofusca meu olhar

É o mesmo que mareia o seu

O ar que infla meu peito

Invade suas narinas

A lua que banha meu corpo

É a mesma que banha o seu

Sob o céu somos um só

E somente há um céu

Quando olhar as nuvens

Serão as mesmas que eu vejo

Quando da água do mar

Provar o sal, será o mesmo que provo

Quando a neve gelar seus ossos

Os meus serão congelados

Nossos corpos brancos

Estão sob o firmamento

Enquanto houver sol

Enquanto houver ar

Enquanto houver lua

Enquanto houver céu

Enquanto houver nuvens

Enquanto houver sal

Enquanto houver neve

Sob o véu desconhecido do firmamento

Haja a distância que a vida destinar

Estaremos fadados à união

Juntos eternamente

Até que os elementos se esgotem

Em sombras mágoas

E nada mais

Luís Carlos Pileggi Costa
Enviado por Luís Carlos Pileggi Costa em 15/11/2024
Código do texto: T8197040
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.