Eu só sabia dizer seu nome

Em um dia de uma certa data,

Mesmo não sendo a forma mais adequada,

Lhe encontrei de forma tão incomum,

O coração perdeu o ritmo do “dum-dum”.

Lhe conheci, me conheci,

Sem saber o que falar eu sorri,

Mesmo quando tudo estava a ruir,

Te vi ali.

Na sua vida era novo,

Deitou-se no meu braço sem sentir nojo,

Dormiu e recebeu afago,

Pensei que seria amargo.

O Halls que mudou meu coração,

Oferecido numa balada com muita diversificação,

Imitando o Gragas e cantando sertanejo,

Foi como a mordida de um percevejo.

Coça sem estar,

Não faz vermelho nem faz inchar,

Eu sentia, pois ardia,

O sentimento de te amar.

Foi então que minha cabeça inundou,

Minha perspectiva você mudou,

Pois jurei não falar que amaria,

Eu ia esquecendo isso quando você ria.

Nisso te fiz meu,

Um Romeu de um Romeu,

Meu coração ardeu,

Quando você se foi, doeu.

Na tua ausência,

Não fingi demência,

Me perguntava o que fazia,

Me perguntava aonde iria.

Conversei com meu melhor amigo,

Se eu estava preparado,

Se você havia me notado,

Eu estava com cara de encantado?

E eu só sabia dizer seu nome.

Porventura veio nosso Gustavo,

Porque eu estava tão avoado,

Só de te ouvir estava maravilhado,

Eu estava com cara de apaixonado?

E eu só sabia dizer seu nome.

Caio quando veio me ajudar,

A gente sem camisa limpando o novo lar,

Contei a ele sorridente,

O quanto te conhecer me faz contente,

E eu só sabia dizer seu nome.

Veio a irmã dele, nossa fisioterapeuta favorita,

Com todo o papo espírita,

O que fazia palpitar meu coração,

Que me deixava sem reação,

E eu só sabia dizer seu nome.

Até nos meus momentos solitários,

Em que fui vários otários,

Bêbado ao som dos canários,

Imaginava todos os cenários,

E eu só sabia dizer seu nome.

Nos momentos íntimos,

Até nos detalhes ínfimos,

Somos dois apaixonados tímidos,

Até os mais breves gemidos,

Eu só sabia dizer seu nome.

Quando via mensagens e não tinha sua fotografia,

Mas daquele rato voador,

A gente ria,

Sempre foi amor.

Nos desentendimentos,

Lembrando nossos juramentos,

Todos os nossos momentos,

Até nos ciumentos,

Eu só sabia dizer seu nome.

Enquanto me trabalhava,

Me estressava,

Quando não estava,

Quando eu me maltratava,

Eu só sabia dizer seu nome.

Me fez nômade,

Pois eu só queria falar seu nome,

Sentir teu aroma doce,

Falar amo ocê.

Até escrevendo,

Enquanto está ouvindo música encolhido,

Estou me remoendo,

Eu queria ser o sussurro no seu ouvido,

Só sei dizer seu nome.

Quando falam em amar,

Quando falam em se casar,

Só sei dizer seu nome,

E o quanto eu sinto fome.

De te amar,

De ser seu lar,

Do seu lado estar,

De deixar o tempo curar.

Posso não dizer seu nome, pois agora é amor,

Deu a vida um sabor,

Famoso gostinho de quero mais,

Não te deixaria jamais.

Se fizer o frio do beijo do inverno,

Se fizer o calor de todos os sete infernos,

Seja em pijama ou em ternos,

Estes são juramentos eternos.

Me ensinou a verbalizar sentimento,

Me ensinou momentos ciumentos,

Me fez querer melhorar,

Me fez querer amar,

Só sabendo dizer o seu nome.

Me consola na tristeza,

Me segura na fraqueza,

Me tem com destreza,

Me faz a sua presa,

E eu só direi o teu nome.

Me abraça,

Não me deixa atrasar,

“Tamo junto parça”,

Me deixa brincar,

E eu digo o seu nome.

No dia do fim de todo o povo,

E vier o chamado do corvo,

Espero lhe reencontrar,

Eu só saberei dizer teu nome,

A única coisa que me fez feliz nesta vida.

Amo de paixão,

Leva-me num puxão,

Em toda a vida minha melhor escolha,

Conquista-me, me tida da bolha.

Seu nome é poesia,

Presente em cada frase,

Escrevi com alegria,

Termino em euforia,

E no final desse texto de amor

Eu só sabia dizer seu nome.