GEMIDOS

Nas frases que tentava falar,

se encontrava com as falas

formando seu diálogo falava.

Mesmo sem poder tentava se declarar.

Demonstrava o seu amor,

Gemia ao declamar

pois a única forma que conhecia

era a de amar.

Nas tentativas de se comunicar,

mas não havia comunicação.

Era a única forma de expressar

com emoção.

Fazia o seu agir,

permitir que o outro se comunicasse

com o seu eu interior.

Expressou e amou, amou e falou.

Usou todo a sua força.

Ele era vendável de amor,

quase um amador,

traidor de si próprio.

Inventor e construtor,

de pontes de palavras.

Amava, e não só usava as letras,

usava os sons da alma e as expressões.

Amou, sentiu todas as sensações.

Forte palpitava o seu coração!

Não houve o entendimento,

nem compreensão.

Desistiu ele do amor,

decidiu se jogar de um paraquedas,

e não viver e nem amar.

Era o fim da sua peça de amar.

Os gemidos iam se esvaindo,

ecoavam e não havia nada ali.

E gemendo, foi morrendo,

tudo acabou, cessou.

Partiu e desistiu de amar,

será que era um ator da ficção ou da vida real , será o mesmo fraco ?

És a questão, até aonde é preciso ir,

para tocar um coração ?

Doou, expressou, deu todo amor.

E sem receber o que deu,

decidiu voar e cheio de vontade

se jogar e pousar na trágica

armadilha e não mais amar.

Inspirações Textuais Gil Paz

Gil paz
Enviado por Gil paz em 14/11/2024
Código do texto: T8196598
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