ALMA EM GUERRA
Ao meu amor serei sereno
quando cáustico o tempo lá fora,
colherei em cada silêncio
o perfil imutável da demora,
e se o sonho é uma cólera vivida menos
o que há de inútil em debelar incêndios?
O que é caminho quando se anda só
motivo há para dominar estrelas
quando o cio sangra solidões de peias
rouxinam cores esvoaçando pó
Do meu amor espero chegada avante
onde era assaz o lero da fada no mirante
o que dei a ela foi o anel da alma em guerra
trouxe da amante apenas a vontade de não ser quem erra