Gravura polar
As vezes, costumo ser encantado por teus olhos inertes
Só as vezes,
— Quando não vejo o brilho dos asteroides
Aqui o tempo está frio
Gasto é sereno –me conta sobre você
Me fale dos teus dentes de leite, aposto que são diferentes —
— Quem ganhou a rara pérola encontrado um segredo
Um fôlego das madeiras ou um sorriso celestial —Quem?
O amor é a obra de Deus – Sue
Se você perguntasse do amor levaria dois caminhos a presumir
— Uma que vela o destino certo –A outra a palida dor
O reencontro dos nossos corpos...
— Emily Dickinson
Mas no fundo são só algumas lembranças –A gravura polar
E as vezes todas
— E embora, tanto que as flores mergulham no céu
Há galáxias que forjam merros quasars
Muito é pouco –preciso saber mais do universo distante.
O amor nasce menino
E a cada altura um pouco de tudo permanece intacta
Uma eternidade não guardada em gavetas –mas que existe
Dentro das nossas almas