No Abismo Sereno do Amor
Amor Profundo, Amor Dolorido
Eu amo você,
com a intensidade de quem sabe que o amor é tudo,
mas com a fragilidade de quem teme perdê-lo.
Meu coração se despe,
não por necessidade, mas por escolha,
por acreditar que amar é um ato de coragem,
mesmo quando a dor se esconde nos detalhes,
nos silêncios que antecedem o que não se diz.
Eu te amo,
e ao te amar, me descubro em pedaços.
É um amor que me consome,
mas ao mesmo tempo, me reconstrói,
como se fosse um ciclo de dar e receber
que nunca se equilibra completamente.
E no fundo, eu sei,
o que é dado pode não ser o suficiente
para preencher o vazio que você carrega em si
e o vazio que ainda persiste em mim.
É o peso da verdade que dói,
não o amor, mas a certeza de que ele não basta.
O amor que ofereço é completo,
mas ainda assim, ele escorre entre os dedos,
como se o mundo, com suas distrações e incertezas,
fosse grande demais para um amor tão delicado.
Eu amo você,
mas há momentos em que o medo cresce,
em que a dúvida se infiltra na minha pele.
Será que meu amor será suficiente?
Será que você vai ver o que vejo em nós,
ou apenas vagará entre as sombras do que não se pode tocar?
Não é a falta de amor que me machuca,
mas o fato de que este amor não encontra guarida.
Não é o seu amor que me falta,
mas o entendimento profundo do que ele poderia ser,
de tudo o que poderia florescer entre nós
se o mundo não fosse tão cruel
e se os corações não fossem tão pequenos
para carregar o peso do que sentimos.
Eu amo você,
mas talvez eu precise aprender a viver com essa dor,
com a beleza de um amor que não se encaixa
nos limites do que podemos compreender.
Eu te amo com a força de quem não tem mais o que esconder,
mas também com a tristeza de quem sabe
que nem sempre o amor é suficiente
para superar a dor de não ser plenamente correspondido.
Eu te amo,
e ao te amar, carrego em mim
toda a melancolia e a beleza
do que é amar profundamente,
mesmo quando o amor, em sua plenitude,
escapa entre as margens do que não podemos alcançar.