O exílio do amor
Um dia o amor
Sem lar para morar foi mendigando corações alheios.
Procurou um mínimo de reciprocidade
Mas ninguém abria suas estranhas.
O amor vagou...
Procurou em hotéis, estradas e casas
Todos estavam ocupados em afazeres do cotidiano.
A jovem, o rapaz e o ancião,
Nenhum abriu o coração,
Todos tinham ocupações que não comportavam o ato de amar.
Então o amor caminhou...
Em becos escuros ele se perdeu e se encontrou....
Chorando e clamando aos céus
Perguntou a Cristo porque ele o tinha criado.
O amor chorou...
Então, um belo dia, o amor viu uma flor do campo.
Refletiu a metáfora que aquela bela flor reproduzia.
Ela se faz linda para ela mesma,
Ela é perfumada para ela mesma.
Então o amor percebeu o quanto ele era autossuficiente
A partir de então, criou-se um o amor pelo o amor
Intitulado de amor próprio.
E foi assim que os solitários encontraram a paz e o sentido.