Aqui estás de volta,
sob a noite estrelada,
Anjo de olhos profundos,
olhar de alvorada,
Teus cabelos longos
caem como ondas suaves,
Pele clara e quente,
lábios que inflamam chamas,
Derretem minhas entranhas
com tua aparição,
Junto ao meu leito,
num silêncio de perdição.
És a visão
que o vento gelado invoca,
Na escuridão plena,
quando a alma se desdobra,
E, ainda que ausente,
nunca foste esquecido,
Retornas, sombra viva,
ao meu peito ferido.