No farfalhar das borboletas
No meu estômago, habitam borboletas de várias espécies. Saem do meu plexo solar voando por aí, verificando se está tudo bem pelas estradas e coletando informações de todo tipo. Se algo não vai bem, formam em volta de mim um escudo protetor com suas asas coloridas. Mas quando encontram um tesouro, elas se agitam tanto que fico tonta. Quando vi o meu amado pela primeira vez, meu coração despertou, e elas fizeram uma grande algazarra! Dançavam pelos meus sentimentos, seguindo alegres o frenesi do trio elétrico. Ai de mim! Só queria uma máscara veneziana para não me revelar; mas, na falta de uma, me escondi o quanto pude entre os foliões. Olhos incrédulos, coração pulsante, agitação visceral: assim eu ficara naquele dia. E onde estava sophia? Quando os olhos do meu bem me encontraram na multidão, ela aproveitou minha distração, desceu por dentro do monte de Vênus em cascata e escapou: foi pular Carnaval.
Poema do meu livro "O amor e os mistérios da sorte", disponível em e-book na Amazon.