A C U R A

A cura não vem do esquecer,

mas do lembrar sem sentir dor.

É um processo, um lento florescer,

onde a memória se torna amor.

Cada lembrança, um passo adiante,

como um rio que flui, sereno e constante.

As cicatrizes, em vez de ferir,

são mapas que nos ensinam a seguir.

O tempo, aliado na jornada,

transforma a dor em sabedoria,

e a sombra, antes tão pesada,

se torna luz, uma melodia.

Lembrar é um ato de coragem,

é enfrentar o que nos fez chorar,

é dar voz à nossa própria imagem,

é permitir-se, finalmente, amar.

Assim, a cura se revela,

não como um fim, mas um recomeço.

Um ciclo que se entrelaça e se apela,

onde o passado é parte do nosso excesso.

E ao lembrar, encontramos a paz,

um abraço ao que já se foi,

e no coração, a certeza que traz:

a vida é um eterno vai e vem, um depois.

Então, não temamos o recordar,

pois a cura é um ato de amor,

é aprender a dançar com o mar,

é viver com a dor e ainda ter calor.

Wallash Tom
Enviado por Wallash Tom em 03/11/2024
Código do texto: T8188489
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.