Soneto I
Meus olhos nos seus olhos são poesia
Declamada, suave, enlaçada
São notas que se encontram em harmonia
Embora arfemos em tardes calmas, leves.
Em sua pele, há prumo que me desalinha
Em um mar tranquilo, a paz agita-se
Com beijos anunciando uma tormenta
Gozamos, ali, o tempo que transita
Quando era pra ser fim, de novo, inflama
E os olhos não tardam em se olhar
Compondo em silêncio a música calma
E o meu barco que ancora na marina
Descansa, agora, de buscas e partidas
Pois, este é o ponto onde o infinito finda.