Soneto I

Meus olhos nos seus olhos são poesia

Declamada, suave, enlaçada

São notas que se encontram em harmonia

Embora arfemos em tardes calmas, leves.

Em sua pele, há prumo que me desalinha

Em um mar tranquilo, a paz agita-se

Com beijos anunciando uma tormenta

Gozamos, ali, o tempo que transita

Quando era pra ser fim, de novo, inflama

E os olhos não tardam em se olhar

Compondo em silêncio a música calma

E o meu barco que ancora na marina

Descansa, agora, de buscas e partidas

Pois, este é o ponto onde o infinito finda.

Renato W Lima
Enviado por Renato W Lima em 02/11/2024
Código do texto: T8187601
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