Ah! Encontrei o amor!

Ele estava lá

Deitado com a cabeça no travesseirinho da felicidade.

Que bobo ele é, gosta de esconde-esconde.

 

Às vezes fica atrás da pessoa amada,

Dentro do peito, pertinho do coração.

Em outras passeia pelas horas

E atrás da Lua encontra aconchego.

 

Nos parques, nos bosques, nas ruas,

Entre os homens da cidade,

Das mulheres do campo,

Nas crianças que estão a crescer,

No eclipse do Sol.

 

O amor desce do colo das mães

E atravessa o tempo devagar

Entre a distância dos olhos

E a ponta do polegar.

 

Brinca de pega-pega,

Primeiro encontro,

Primeiro beijo.

 

Em tudo é primeiro,

Esperto e brejeiro,

Caçoa da saudade,

Se esconde da tristeza,

Ama o belo e a natureza.

 

Inventa sonhos nas noites de chuva,

Sobe uma estrela,

Desce um anjo.

 

Prá que chorar?

Prá que chorar?

Logo passa! 

E já passou...

 

O amor é a cura,

E dura,

Dura mais que a eternidade.

 

Até na saudade ele brinca,

Faz cócegas na memória,

Desperta as lembranças,

Coisas de adultos,

Coisas de crianças.

 

Ah, molequinho malvado!

Nostálgico, pragmático,

Mágico!

 

E ele estava lá

Com a cabecinha no travesseiro da felicidade

Olhando para o céu.

 

Mas não adormeceu

Porque amor, esse não,

O amor nunca dorme...

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 29/10/2024
Código do texto: T8184881
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