Jaz
O que fora um canto no peito
Jaz ! Virou fumaça
E,
Ao longe, de nada e do nada, eu deito
Sobre o travesseiro de uma desgraça, já passada desgraça
Tudo engodo
Amor inexiste
Fico cômodo
porque,
Teu passado nada me deixou
E em nada consiste
Nem consistiu
Só iludiu
E mais: destruiu
Tua graça morreu
Perdão ? não sabes o que é
Jogastes só, em que deu ?
Malogrou uma vida
Fostes indevida
Vi de novo, tuas melenas
És das helenas
Pequenas
Quiseras um mecenas
Era o sonho
Da tua mãe madalena
Fracasso e rancor
Cobras-te de tua dor
Joguei-me adiante
Suportei e esperei
Até que cansei
De em mim ver o sofrimento
O descaso
O desprezo
Desprezo o teu nome
Teu codinome
Teu pronome
Me salvo no desdém
Vou, ainda, além
Longe de teu aquém
Salvar alguém
Pois...
que venha alguém...