Amor Platônico
Amor platônico
Solúvel, mas também invólucro...
— Na esfera da dor
Agudamente perfurante,
Estilhaços deflagrados
Liberta seus grilhões...
Um amor entre ilusões e desilusões.
Preciso libertar em mar aberto
Muralhas, ruínas de pedras,
Tombadas pelo patrimônio cultural
Tudo era simples e normal.
Mas ao anoitecer
Sussurros dos ventos
Silenciosamente bocejava,
Temperatura baixa.
O farol, só restava a luz
Tão distante delatava
Tudo aquilo que enxergava!
Do Porto solidão
Me restou apenas o holofote
Uma garrafa de “Vodka”
E um pouco de sorte!
Durante o dia eu relatava
A noite eu esculpia...
Como um poeta na madrugada...
Um pingo de luz
Clareava a mente,
Montava a encenação
Entregava o amor à própria redenção.
Na varanda eu avistava...
O horizonte se perdia na neblina
Ao longe ainda se via a proa...
Meu barco gradualmente
Foi submerso na imensidão do mar
E meu coração a nau deriva.
Quem me dera! Um dia seu regresso!