Amor Platônico

Amor platônico

Solúvel, mas também invólucro...

— Na esfera da dor

Agudamente perfurante,

Estilhaços deflagrados

Liberta seus grilhões...

Um amor entre ilusões e desilusões.

Preciso libertar em mar aberto

Muralhas, ruínas de pedras,

Tombadas pelo patrimônio cultural

Tudo era simples e normal.

Mas ao anoitecer

Sussurros dos ventos

Silenciosamente bocejava,

Temperatura baixa.

O farol, só restava a luz

Tão distante delatava

Tudo aquilo que enxergava!

Do Porto solidão

Me restou apenas o holofote

Uma garrafa de “Vodka”

E um pouco de sorte!

Durante o dia eu relatava

A noite eu esculpia...

Como um poeta na madrugada...

Um pingo de luz

Clareava a mente,

Montava a encenação

Entregava o amor à própria redenção.

Na varanda eu avistava...

O horizonte se perdia na neblina

Ao longe ainda se via a proa...

Meu barco gradualmente

Foi submerso na imensidão do mar

E meu coração a nau deriva.

Quem me dera! Um dia seu regresso!

Ernane Bernardo
Enviado por Ernane Bernardo em 29/10/2024
Reeditado em 29/10/2024
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