esse céu como pano de fundo das minhas criações

escrevo pela noite escura submersa em pensamentos que são constelações nesse meu céu multicolorido.

mais uma vez aqui vivendo minha solitude, realmente escolhi ficar só durante um tempo logo após um término longo doloroso onde me vi cair em um buraco negro sem fim, sabe aqueles sonhos onde você se vê caindo e nunca alcança o chão?

hoje eu já vejo que quanto mais meu corpo pairava no ar em uma queda infinita, mais eu enxergava a realidade. essa ruptura que minha fantasia imatura da época achava que nunca iria existir, foi necessária para o meu crescimento.

eu endureci por dentro e hoje me vejo aço.

resistente casca grossa, outras experiências também me fizeram ser assim nessa constante formação do nosso eu.

só que hoje eu já sei que posso escolher ser aço que derrete na mão certa, e assim se transforma de acordo com o molde. tudo que for construindo a partir disso será sólido novamente. e é isso que eu busco hoje, poder sentir de novo o que é se reconstruir e sendo reconstituída por dentro.

tudo que me atravessar agora no campo afetivo vai ser construído em um solo fértil para colheita a curto médio e longo prazo.

quero sentir meu peito ser atravessado novamente por fogos de artifício e arder. sou tão intensa emocionalmente que chego a não caber em mim muitas vezes.

quero dançar acompanhada a noite toda a música love is to die de warpaint, chegar em casa, fechar a porta do quarto e ir criando esse mundo a parte com você.

como se só existisse nós e o teto estrelado onde viajamos para onde a gente quiser naquele quarto navegante, espacial, viajante.

e de fato a sensação é que existe só 'nós' quando estamos juntos.

Thaíssa Castro
Enviado por Thaíssa Castro em 28/10/2024
Código do texto: T8184093
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