PARA QUE DIZER ADEUS SE CALE
da vez primeira que te sonhei
rasguei a roupa de santo
e fiz da nudez arma e lei
fui o cavalo do cio teu
e apenas porque a rosa
é o mapa do perfume nasceu
o mel do teu deliberado despudor
quando da atitude afrontosa
muito mais que amor
tua imagem reflete a essência
e se indecente é carência
a valência estrepa vorazmente
a vertente manhã da melancia
escorrendo cheiro de mulher banhada pela luz
Espero tua aberta concordância
encerrando o reinado da infância
na feminina altivez da entrega
e só o que resta é a brega
imposição do homem
tirando da cartola crédito e
shopping
para que dizer adeus se cale
conveniente ou em cólera
o que estimula o sexo
é a contrariedade do perdão