QUEM SEQUER DEVOLVE AMOR

Guardo comigo o coração espatifar o muito que te amei

dos homens fui o bobo sentindo em si um rei

Do muito entregue

recebi nas palavras aparência de rosas

e na verdade bebidas perigosas

capazes de romperem a distância do revoltado ante a lei

me fizeram escalar os muros da alma desonrosa

Minhas botas bordadas no coração dos aflitos

pesa na costas quando grito seu nome

e das orações tristes sua ausência consome

o que me resta de idade e de sonhos

Quando você ouvir violões descritos

nas cartas perdidas - preste atenção,

desejos destruídos

amontoados aos pés da estátua do querubim bravio

escorrem sangues de homens solitários

e o pecado punido com o esquecimento

é sempre amar demais a quem sequer devolve amor