À BEIRA DO INFINITO
O crepúsculo pintava o céu de sombras e fogo,
enquanto meus pés desenhavam passos solitários na areia.
O vento trazia o perfume do mar,
mas era o seu aroma que envolvia o mundo,
um abraço invisível que não me deixava partir.
Como te deixar para trás,
se meu corpo implora por você,
se cada brisa sussurra seu nome,
e cada onda canta o eco do seu riso?
Tudo em mim pertence a você.
Minha mente, como um barco à deriva,
não conhece outro porto além do seu amor.
Seu amor — uma tempestade de verão,
violenta, intensa,
mas que renova o céu com a promessa de um arco-íris.
As estrelas acendiam, uma a uma,
refletindo o brilho que há nos meus olhos,
olhos que só sabem te enxergar.
E a lua, cúmplice silenciosa,
sorria no horizonte,
guardando os segredos que compartilhamos no silêncio da noite.
Como te deixar,
se você é parte do que sou?
Você está em cada passo que dou,
em cada suspiro,
na batida mais profunda do meu coração.
Somos um, à beira do infinito,
onde o céu e o mar se encontram.