Ainda Sinto Teu Cheiro...
Amo teus cabelos negros, belos cachos, compridos, se enroscavam em meu corpo que tremia, que suava, que gemia, nossos corpos naquela agonia, naquele serpentear, naquela luta.
Teu hálito quente, teu sabor envolvente me entorpecia. A minha mente sempre te querendo desnuda.
Saudades do teu cheiro, dos teus medos... ainda tenho o teu perfume. Único, inesquecível, fincados em teus livros, em tuas páginas poéticas, um símbolo, um marco, uma fábula infinita.
Estou sempre lá, em todos os lugares onde meus olhos possam te percorrer, estou em você, teu corpo, teu suor, teu beijo e desejo, estou sempre dentro dos teus pensamentos, estarei sempre dentro de você.
Eu sempre me encontro em ti, sem te pertencer, sem conduzir, sem mesmo saber o que sou ou onde estou, sem fugir de ti, sem temer teu poder sobre mim...
Você era a pura sensatez que ceifava as minhas boas loucuras, por vezes chamado de conquistador barato. Eu era a pura estupidez de um adolescente que buscava em ti o meu infinito.
E o teu perfume ainda sinto, seja nas montanhas, nas minas, nas gerais coisas do teu ser. Enfim, sempre amarei aquilo que busco em você... do meu jeito destemperado de menino, despudorado, irreverente, contundente...