Amantes

No silêncio da noite, o amante espera,

Não há pecado que apague o desejo,

Promessas feitas em tempos distantes,

Matar a saudade é tudo que resta.

Em instantes se perdem, memórias esvaem,

Mas há o desejo de reviver momentos,

Um sonho guardado no peito,

Onde a paixão ainda é chama viva.

Palavras ditas ao vento,

Quebram o silêncio da alma,

No olhar que tudo revela,

Renasce o antigo querer.

Cada instante gravado na pele,

Em sussurros de um tempo distante,

O amante vive no espaço entre o real

E o sonho que insiste em voltar.

O tempo não apaga os rastros,

O coração ainda sente o peso,

Das promessas não cumpridas,

E o desejo de matar a saudade.

No olhar perdido, busca-se o fim,

Ou talvez o início de algo novo,

Mas o que sobra são palavras vazias,

E um silêncio que devora o peito.

Reviver momentos é apenas lembrança,

Uma fuga doce e amarga,

E no fundo, o amante sabe,

Que o sonho nunca deixa de ser sonho.

João Paulo Leal
Enviado por João Paulo Leal em 20/10/2024
Código do texto: T8178255
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