Amantes
No silêncio da noite, o amante espera,
Não há pecado que apague o desejo,
Promessas feitas em tempos distantes,
Matar a saudade é tudo que resta.
Em instantes se perdem, memórias esvaem,
Mas há o desejo de reviver momentos,
Um sonho guardado no peito,
Onde a paixão ainda é chama viva.
Palavras ditas ao vento,
Quebram o silêncio da alma,
No olhar que tudo revela,
Renasce o antigo querer.
Cada instante gravado na pele,
Em sussurros de um tempo distante,
O amante vive no espaço entre o real
E o sonho que insiste em voltar.
O tempo não apaga os rastros,
O coração ainda sente o peso,
Das promessas não cumpridas,
E o desejo de matar a saudade.
No olhar perdido, busca-se o fim,
Ou talvez o início de algo novo,
Mas o que sobra são palavras vazias,
E um silêncio que devora o peito.
Reviver momentos é apenas lembrança,
Uma fuga doce e amarga,
E no fundo, o amante sabe,
Que o sonho nunca deixa de ser sonho.