Naquela pequena casa
onde fui tua
límpido tempo em que nos tocávamos
havia uma lareira
a emergir clareira
.
Orquídeas aos montes
na paisagem montanhosa
fazia frio
eu sorria tímida
sob a noite de lua alquímica
.
Serenava a madrugada silenciosa
do lado de fora, um balanço
barulhos serenos de bichos
Em mim, na pele
residem submersas as languidas memórias
vagarosas histórias
.
Pela manhã, o café
lábios acalentados pela quentura terna
o sol a aterrar a paisagem
eu, a desterrar a vida
inebriante cheiro de mato
sentimento vasto
dentro
lento
imenso
.
Apesar de outrem
Eu e o entre
memória da terra
a adentrar a alma-serra
à espera
.