A desistência do eu

Eu, ser egocêntrico

Excêntrico

Auto-celebração

Repetida em recorrente reticência

Interrompida, relegada a decadência

Estaria eu vitimado por demência?

Não, vossa excelência

Permita-me pedir licença

Para recusar minha sentença

Razão para desavença

Com outros integrantes dessa existência

Que refletem minha malemolência

Companheira de minha possível desistência

Para dedicar essência

À mulher que me tira a coerência

E enriquece minha vivência

O timbre da sua voz transpira inocência

Desprovido de carência

É fator de virulência

Cria residência

Não ofereço resistência

Passo a parar de falar de mim

Com frequência

Para falar mais dela

Com alta cadência

Deixei de alimentar meu ego

Dotado de corpulência

Para falar de moça dotada

De beneficência

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 17/10/2024
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