Ternuras

O sol vai sulcando a epiderme da água,

Espocam luzes matinais.

O vento fabrica uma paz de andorinhas

E na retina nostálgica beijo o mar.

A sinfonia das conchas inaugura

Uma flor de lã em meu seio.

O sal me orna em pêssegos

Sou dourada e passageira.

Então amanheço um Zênite,

Héstia a evocar sossego.

Padeço ameaças de amor,

E rendo-me às ternuras do dia.