MIL QUILÔMETROS DE SAUDADE O Paulista e a Pantaneira
Chegaste, de repente,
Como quem chega do nada,
E, deixaste, totalmente,
A minh’alma apaixonada.
Chegaste de um jeito,
Como chega a branca lua;
Foi um encontro tão perfeito,
Pra minh'alma toda nua.
Invadiste meu coração,
Com teu brilho cor de prata;
E o que fazer com esta paixão,
Que, agora, me maltrata?
Assim como a branca lua
Tão rodeada de estrelas;
Te imagino toda nua..aí,
Meu Deus, quando vou vê-la?
Quem me dera ao teu lado,
Realizar sonhos e desejos;
E, de coração apaixonado,
Cobri-la, inteira, de beijos.
E as mais loucas fantasias
Realizá-las todas...inteiras,
Fazer das noites “nossos dias”
Nessa terra Pantaneira.
Como a lua branca, tão distante,
Que ilumina meu quintal;
Estás em mim a todo instante,
Mas , estás no pantanal.
Aí, meu Deus, o que faço agora,
Com a paixão que me invade?
Como consolar um coração que chora,
A mil quilômetros de saudade?