CHAMA ARDENTE

Chama ardente, que tudo consome.

Quanto mais se entrega, mais sacia a fome.

Amor, o mesmo sempre... não muda o nome.

Inebriante sentimento, que o desejo não dome.

Alado, como se apresenta o cupido.

Governado por impulsos, nele não há sentido.

Com as setas flamejantes, de temores despido.

Apenas vê o seu amado, nos seus olhos, refletido.

Que nunca deixe de haver encantamento,

para dar alento, nos instantes de tormento.

Que um seja, ao outro, motivo de contentamento.

E de afeição, não cesse de transbordar, o pensamento.

Que não seja vão, mas expressão de carinho, de afeto.

Seja uma autêntica revelação do que antes era secreto.

Saindo do mais puro coração, como um verdadeiro grito.

Será, para nós, inefável afeição, com a intensidade do infinito.

Revisora textual, Consultora literária, Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes); Acadêmica Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL), Imortal Fundadora da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA) e Acadêmica da Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía (ABMLP)

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Inspirado no "Soneto de fidelidade", de Vinicius de Moraes