DONA DE MIM

Como amo os puros e livres ares dessa prisão!

Onde as amarras a me prender, permitem passear pela ternura

Uma cela escura em que já não me vejo, desde que perdi meu coração

Um céu de amorosa paixão que me brinda nos beijos de sua fervura!

Bem vinda seja a cruz de todos os calvários requeridos

Porque imploro ao destino que jamais liberte minh'alma enclausurada

Quero abraçar todos os grilhões que por meus pulsos são queridos

Estes que já não me permitem um mundo livre de minha amada!

Quão grato sou às algemas que me unem a ti

Porque fiz um trato com cada estrela a compor o céu de teu olhar

Que somente entrelaçado à maciez de teus cabelos, me faria existir

E em troca lhe acresceria o brilho pelas sílabas de meu poetar!

Porque assim sou feliz, transeunte dessa esquina sem saída

Sinto-me preso a todas as liberdades que reservo em mim

Quando me prendo às trancas aveludadas de tua vida

Quando me lembra o calor de teus abraços, que és dona de mim!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 14/01/2008
Reeditado em 13/01/2012
Código do texto: T817037
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