Foto: ticiano fontenelle

ÁPICE DO AMOR 

 

No instante, o pranto da dor

Sobre a folha seca no chão

Lágrimas caem silenciosas

Feita a flor murcha do jardim.

 

De mim, a sombria ausência

Dolorida, profunda e infinita

Penetra no âmago da alma

Na pungente hora da partida.

 

De ti, a amarga despedida

No escuro da noite quente

Na cama silenciosamente

O semblante adormecido.

 

O tormento alastra no peito

Sangria no ápice do adeus

De nós, o epílogo derradeiro

Do amor bonito de outrora.