Cabreiro
Não são para mim suas fotos
o que era fato foi-se lágrima linda
na garupa da moto
e só o despertar corta meu sonho onde a estrada finda
Troco de rosto porque o sol proíbe que minta
perdido de nome e de passado
os caminhões levam a mudança da alma
e a tinta
do meu olhar escorre pelo chão rachado
Colhi as rosas que mensageiam a Paz
mas sequer o coração mantém silêncio
nunca o passo é certeiro quando o pagamento vem do capataz
dormi onde a maçã alimenta a alma vindo do sonho cheiro
o que deixo na brasa é o iludido que se viu cabreiro