FAZ DE CONTA II

Faz de conta que o amor desencantou

E que a saudade foi um mero desafio.

Faz de conta que o tempo se enganou

Que foi só um equívoco de dias sombrios.

Faz de conta que a ausência é leve brisa

E a poesia se dissolve no perfume do ar.

Faz de conta que o viver é um céu que irisa

Enquanto a tristeza se desfaz ao luar.

Faz de conta que o amanhã já despontou

Com promessas no cheiro da flor que brota.

Faz de conta que a alegria desabrochou

No beijo que trouxe o calor da aurora.

Faz de conta que o sorriso não se perdeu

E que a esperança floresce na saudade.

Faz de conta que o futuro já renasceu,

E que o amor voltará à sua verdade