ANELOS

Rúbeos, os voluptuosos lábios!

Buscas porém o luzir da opala

Silente, a que palavras a iguala?

Os olhos têm a linguagem dos sábios!

Mas se louco o almejo,

Mais que a razão

Se a culpa não acusa a tua mão

Toca os lábios que sussurram ao arpejo!

Às opalas, meus versos no papiro

E dos lábios rogo o hálito, teu suspiro,

Entre um sorriso ou ardente pranto

Brisa orvalhada, taciturna...

Invade o postigo aberto à aragem noturna,

Leva a ela os anelos, mas não diga que a queria tanto!

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Observação

"opala" - Se refere aos olhos da menina

André da Costa
Enviado por André da Costa em 04/10/2024
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