Flores de Maio
Dar-te-ei flores de maio,
azuis como o céu,
que despontam ao amanhecer,
singelas na beleza,
que carrego entre os dedos,
símbolo da candura,
um reflexo da pura perfeição.
Dar-te-ei mais do que flores,
a persuasão, que desliza
nas palavras não ditas,
um sentir que vibra
no silêncio de um querer
guardado, aqui, no coração.
Dar-te-ei afago, em sutileza.
E o perfume que, ora, alastro
não é só essência,
não é mera sedução,
é vontade viva, pulsante,
que transcende o verbo e a razão.
Dar-te-ei querência, aconchego,
que invade minh’alma,
em versos que dançam,
no vento de maio,
leves como a brisa,
a exalar suave amor e emoção.
Messias, 28.9.2024