Cinza das horas
Um arrepio corre a pele de pêssego
Um ato de insanidade e volúpia
Corre a ventura dos poros
Amar a cada gota de amor...
Assim corre o tempo
Com sua destruição
Que a tudo consome e pó transforma
Lembranças das loucuras , uma pérola
Um gesto de dizer que ama e abandona
A donzela da horas imprópria
Um abrigo que desata e regenera
Corpos afastados no silencioso das horas
Um sonho que se transformou
Um coração de algodão e pedra
Nos delírios os beijos vazios
De juras eternas de amor
Alado nos sonhos
Que deseja e não pode
Alcançar a plenitude
Nos braços vazio que um dia amou
Agora chora e grita as lembranças doces