Cinza das horas

Um arrepio corre a pele de pêssego

Um ato de insanidade e volúpia

Corre a ventura dos poros

Amar a cada gota de amor...

Assim corre o tempo

Com sua destruição

Que a tudo consome e pó transforma

Lembranças das loucuras , uma pérola

Um gesto de dizer que ama e abandona

A donzela da horas imprópria

Um abrigo que desata e regenera

Corpos afastados no silencioso das horas

Um sonho que se transformou

Um coração de algodão e pedra

Nos delírios os beijos vazios

De juras eternas de amor

Alado nos sonhos

Que deseja e não pode

Alcançar a plenitude

Nos braços vazio que um dia amou

Agora chora e grita as lembranças doces

Valdecir Rezende de Souza
Enviado por Valdecir Rezende de Souza em 01/10/2024
Reeditado em 01/10/2024
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