BUCOLISMO DO AMOR

No bucolismo do meu versejar

Em meio as flores do campo,

Eu vislumbro a sua beleza

Tremo ao te encontrar, encanto.

Pés orvalhados pisando a relva,

Suavemente apalpando em minha direção,

Seu sorriso alvo me inebria,

É meu alvorecer,minha ressurreição.

Seu corpo amoldado às vestes molhadas,

Seu cabelo a cascatear pelo ombros,

Sinto do seu corpo,o perfume amadeirado,

Me excita, estremeço, caio em escombros.

O torpor toma meu ser,

Combalido a tamanha beleza,

Mas, cônscio das minhas vontades,

Caio em êxtase, para a certeza,

Não é miragem, sim, sublimação.

Suas mãos brandas tocam meu peito,

Seu lábios umedecendo os meus,

Enquanto a envolvo sem respeito.

Nossos corpos se juntam a relva molhada,

Os pássaros ecoam em cânticos ,

As flores se abrem à tamanha beleza,

É a nossa cerreza

É o fluir, o amor, dos românticos...