Grande amor.

no ontem,

o tempo do zelo,

da promessa;

no hoje,

nas paredes da casa,

imagens desbotadas,

retratos puídos;

na morada antiga,

cicatrizes são trincas

na pintura, pisos,

telhado; nelas,

a poesia do tempo

se faz verdade

nas linhas desiguais...

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uma alma cansada,

(no lusco fusco da tarde),

caminha lentamente,

senta-se à mesa;

em devaneios sonha,

repetidamente,

com o grande amor...