Amor platônico

Me surge tão bela miragem no horizonte da alma

Que se insurge contra a catastrófica lembrança que em meu peito carrego

Que faço além de negá-la até ser inevitável

E quando nesta inequívoca inflexão sucumbo ao desajuste que queria evitar

Fujo para seus lábios em sonho

Acordo transbordando a angustia que de mim fez seu seu escravo

Sou eu o desejo do desenlace

Me elevo e me cai tão pesada solidão

Sinto a palpitante ilusão dos segundos incertos

Na ânsia ant-anestésica que vigorosamente me corroí

Quero o que não posso ter

Sofro de um mal chamado amor

Denis Glauber da Silva Reis
Enviado por Denis Glauber da Silva Reis em 30/09/2024
Reeditado em 02/10/2024
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