EXPLICAÇÃO

Como pôde, linda Branca

Esquecer-te da paixão,

Daquele pedido íntimo

No ímpeto da emoção

Que me fizeste jurar:

Nós em cima do colchão

Em que nossos corpos cálidos

Tinham plena coesão?

Acaso sabes, então,

Que jamais eu te esqueci,

Que me afundo nas lembranças

Que só contigo vivi?

Porque sei que fui sincero

No ápice do frenesi!

Eu te juro, minha linda,

Porque nunca mais senti...

No sentimento ou Q.I

Eu penso constantemente

Que o meu coração contrito

Se contorce tão pungente,

Procurando o teu sorriso

Tão maroto ou de contente,

Teu olhar apaixonado,

Sedutor, muito envolvente...

Eu me lembro, e infelizmente

Sinto a dor desta saudade,

Pois jurei, nos versos meus

Que eu era a tua metade

E eu sinto no peito a parte

Arrancada de verdade,

Na utopia de sentir

Tua meiga caridade.

E sem diafaneidade

Os meus dias são tristonhos,

Numa languidez perene

Destes sisos enfadonhos

Que tateam tua luz

Dos momentos mais risonhos

Que tivemos, minha Branca,

Por isso vivo de sonhos!

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 28/09/2024
Reeditado em 29/09/2024
Código do texto: T8161965
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