Decantar até suspender o tempo
Cantar o silêncio em prosa
Na roda, o louvor às giras
.
En (cantar) com o corpo
território
Com as mãos, cozinhar o broto
Dançar até capturar a terra
Pés-solo
.
Entoar melodias junto às gentes
Nas periferias que subvertem a vida
Decantar até nascer o sol
E fervilhar a desordem, o samba e o caos
.
Reverenciar a capoeira nas encruzas do tempo
Como disse a avó da menina
quando tu chegou, tu já me achou
antes de nós, o divino ancestral
Intui o que chama, e faz o que clama
Lá bem fundo do peito
O que arde e decanta