MINHAS PRIMAVERAS

Nas minhas longas Quimeras

Lá estão minhas Primaveras.

Uma fieira de algodão

Feitas de muita emoção

Baila e rodopia meu Pião.

Uma Pipa de papel seda,

Oriunda do Armazém do meu Pai

Tantos anos,lá se vai

Agora,erguida no horizonte

Levando meus arquitetados sonhos,

Um futuro brilhante

A cada passo,sem passar adiante.

Camisa aberta ao peito

A briza como testemunha

Corre atrás da Bola de meia

Uma trave de dois meio tijolos

Assim é o sonho de moleque

Seja na terra batida,ou, Areia.

Outras primaveras...

Agora,guitarra em punho

Sons dos meninos de Liverpool

Ovações de um palco,

Um cortina se fecha,

Abrindo outras tantas primaveras.

Cabelos orvalhados

Marcas e rugas da sabedoria

Coisas que já fui um dia.

Um livro escrito

Uma árvore plantada

Uma família construída e formada,

Assim já dizia a sabedoria das Primaveras em voz cantada...

Um Homem deva plantar uma árvore,

Escrever um livro

Criar filhos

E assim deste pressuposto

Com muito gosto

Das minhas utopias

E das minhas quimeras

Eis aí,minhas Primaveras...