AMAZONA

no silêncio das noites mal dormidas, em que a carne conspurca os sentidos, e a boca queima repetidamente quando te chamo o nome de princesa e bandida, as horas se tornam inimigas, porque não tenho teu corpo moreno para saciar as taras despertadas por ti no que em mim já foi desejo e hoje é loucura

como voltar a ter Paz se és distante e nenhuma outra mulher exerce por mim paixão incontrolável

só entendo o mundo quando te preciso e se possuo a lembrança que esparges perfumando meu Ser da tua imagem, é que continuo o homem que segue pelos becos escuros e pelos corredores iluminados de devassidão e querência, e não posso existir como sou sem a cedência dos favores de dama misericordiosa pelo sofrimento contumaz da masculinidade em fúria, que sabes despertada em mim ao olhar de fada que diriges até que defolhe em ti a rosa de todas as sandices, e viva unicamente a Paz por ter teu corpo de amazona entregue ao meu romper