Rosa púrpura

Estou largada,

Perdida na sorte que se esgota,

De caminho em caminho,

De vazio em vazio,

De seco em seco.

Entrei no cinema,

E te vi entre as telas,

Teu sorriso fez-se poema,

Enquanto sentada nas cadeiras amarelas.

Sou a rosa púrpura,

Que de tão pura,

Te amou na tela em preto e branco,

Com aquela flor branca

Entre os cabelos.

Tu saíste do cinema,

Saíste dos meus poemas,

Tuas cores se fizeram vivas,

E meus olhos, antes cansados,

Brilharam com tua presença real.

Apresentaste-me o mundo,

Do jeito mais profundo,

Eu ficava deslumbrada,

Com tua forma tão abençoada.

Sou a rosa púrpura,

Que de tão pura,

Te amou em tela de cores reais,

Com corações colossais

Em tua alma.

Sempre te esperei,

Por dentro, por fora das telas,

Todo o amor que te entreguei

Era para alguém de cores vivas.

Eu sou a rosa púrpura,

Que de tão pura,

Tocou em tua mão,

E te amou com o coração,

Com toda aquela imensidão,

Dentro daquela inspiração.

Felipe M do Carmo e Anastásia
Enviado por Felipe M do Carmo em 25/09/2024
Código do texto: T8159631
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