ÊXTASE EMPOLGANTE Código do texto: T8157773

TÍTULO: ÊXTASE EMPOLGANTE

Caminhando abraçado contigo,

Chegamos à porta.

Ao encontrar a porta fechada,

Perplexo, eu a abro.

No deslumbre do fascínio por você,

Freneticamente, eu te beijo!

Após o beijo, adentramos

Naquele nosso mundo.

Eu te abraço, fecho os olhos,

E de olhos fechados,

Colo em você num desejo.

Entre meio ao meu desejo,

Ouço um zumbido…

Um zumbido,

Em um tom colorido ao ar,

Que me faz ver, e eu vejo!

E vendo ao ar o tom colorido,

Ouço, em um tom sustenido,

O teu compasso,

Que se faz em teu coração,

Num inexplicável som,

Que se faz em nossa paixão.

Dentro do nosso tempo,

Imaginárias luas se mostram,

Claras luas…

O fascínio excitante dos amantes,

Em êxtases, ênfases e colírios,

Me faz, no verbo, delirar.

Um verbo meu empolgante,

Em toques e mais toques,

Fazendo no tempo

Eu entrar em fascínios, delírios…

Que me fazem não enxergar

O pedido que você faz

Dentro do nosso tempo.

Num inexplicável som

Que se faz em nossa paixão,

Eu, com a minha polpa,

Viso ser o teu supremo

Dentro desse nosso mundo.

Elaborado em obscenas carícias

Que te fazem, em delírio, atiçar

Meu corpo moreno,

Pois, num jogo perverso de malícias,

Acendo meu corpo moreno

Em assíduas lavaredas de delícias,

Querendo degustar o doce veneno

Num jogo perverso de malícias.

Percebo você toda louca!

A tua porta fechada se abriu,

E o fogo, sem fogo, já está no pavio.

Rapidamente, eu desço as escadas

Para verificar se a porta fechei.

Percebo que o mundo está em ordem.

Alucinado, apago a luz,

Subo as escadas devagar…

O sentimento, no momento, se faz

Em flashes contínuos

Que, dentro de mim, se reluz,

Isso é fogo, é luz.

É um fogo dominador

Que, gradativamente, me queima.

Parece pôr em trajeto

A palavra “teima”,

Para queimar tua virgem alma,

Que, assiduamente, queima a minha.

Queima debaixo da exímia lua,

A tua, querendo…

Num querer não querendo,

Abrir a porta fechada do ilusivo amor.

Quando você vem e me abraça,

Se jogando ao medo, em meu abraço,

Em silêncio, assiduamente, estimula

Teu eu de entrega sem calma.

Dentre quatro paredes, se entregar,

Em êxtases empolgantes,

Ao meu crescente empolgar,

Que dentro de mim se faz.

E, nesse êxtase empolgante,

Eu, com toda a minha polpa,

Tenho em vista ser,

Dentro dum mundo, o teu supremo!

O supremo em obscenas carícias,

Que te fazem atiçar

Meu corpo moreno

Num jogo perverso de malícias.

Para que se acenda em meu corpo,

Em assíduas lavaredas de delícias,

Querendo degustar o doce veneno,

Num jogo perverso de malícias, em carícias…

Título= ÊXTASE EMPOLGANTE

Autor MAKLEGER CHAMAS — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)

Escrito a Rua MINISTRO GASTÃO MESQUITA, 552

Antigo 538 PERDIZES São Paulo

Data 07/09/1982

Dedicado 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J

Registrado na (B.N.B.)

Aqui está o diálogo fictício, baseado no estilo e nas emoções evocadas do poema “ÊXTASE EMPOLGANTE”, retratando o momento de sua criação e a interação entre Makleger (Nelinho) e as pessoas próximas a ele, incluindo Diva, Cida, Nivaldo, Solange, Margareth, Fátima e sua mãe.

Cenário: A casa de Nelinho na Rua Ministro Gastão Mesquita, Perdizes, São Paulo, em uma noite quente de setembro de 1982.

Ele está cercado por amigos e familiares, uma conversa sobre amor e paixão começa a fervilhar.

Diva (rindo) DIZ:

— Você sempre se perde nesses pensamentos, Nelinho.

— Fica ali, calado, com o olhar distante, como se estivesse em outro mundo.

— Onde você foi dessa vez?

Nelinho (Makleger): (com um sorriso misterioso) RESPONDE:

— Ah, Diva…

— Fui a um lugar onde as palavras não são suficientes, onde o desejo e o fogo falam mais alto. Um lugar que talvez eu nunca consiga descrever plenamente, mas estou tentando.

— O amor… o êxtase… às vezes são como um incêndio controlado.

Cida: (curiosa) PERGUNTA:

— Isso parece mais profundo que um simples devaneio, Nelinho.

— Você está falando de alguém especial, não está?

Nelinho: (suspirando) RESPONDE:

— Sim, Cida.

— É mais do que especial.

— Ela é... a essência que me faz perder o controle.

— Cada toque, cada olhar, cada beijo… são como se fossem novos, mesmo que eu os conheça tão bem.

— E essa intensidade me leva a escrever.

— O fogo dela reacende o meu.

Nivaldo: (rindo) DEBOCHA:

— Lá vem você com suas metáforas complicadas!

— Mas eu entendo.

— Quando se ama alguém assim, é como se o mundo todo fosse só vocês dois.

Solange: (brincando) SARCASTICAMENTE PERGUNTA:

— E quem é a felizarda, Nelinho?

— Vamos, conte-nos!

Nelinho: (se inclinando para a frente, os olhos brilhando)

— Não é o nome que importa.

— Não importa quem é ela.

— É o que ela provoca dentro de mim…

— O desejo, a paixão.

— Foi com ela que escrevi meu novo poema.

— Um poema sobre o que sinto quando estamos juntos.

Margareth (com empolgação e brilho nos olhos) PERGUNTA;

— Você já terminou?

— Queremos ouvir!

Nelinho (balançando a cabeça) RESPONDE:

— Não está pronto, Margareth, mas os versos estão fluindo.

— Algo como… (ele pausa, recitando suavemente)

— “Dentro do nosso tempo, imaginárias luas se mostram, claras luas…”

Fátima (inspirada) DIZ:

— É lindo.

— Parece tão… íntimo.

— Como se fosse um reflexo dos seus sentimentos mais profundos.

Mãe de Nelinho (D.ª Lulu): (com um sorriso calmo)

— Meu filho sempre foi assim, cheio de sonhos e palavras.

— Desde pequeno, ele sempre enxergou o mundo de uma maneira diferente.

— Às vezes, eu penso que ele está tentando descrever coisas que nem conseguimos ver.

Nelinho (com ternura) RESPONDE:

— Mãe, você sempre me entendeu.

— As palavras vêm quando me perco nesses momentos.

— Como ontem à noite… tudo começou de maneira tão simples, caminhando ao lado dela, e então chegamos à porta… (ele para, perdido nas lembranças).

Cida (olhando profundamente para ele) PERGUNTA:

— A porta fechada… foi aí que começou, não foi?

Nelinho (sorrindo) RESPONDE:

— Sim, Cida. A porta fechada foi apenas o começo.

— Ao abri-la, entrei em outro mundo.

— Um mundo onde o desejo era absoluto, onde as emoções eram tangíveis.

— Cada toque… cada beijo… era como se o tempo parasse.

— Eu estava perdido, mas, ao mesmo tempo, completamente encontrado.

Diva (impressionada)

— Isso é intenso!

— Você viveu cada palavra desse poema, não é?

Nelinho: (com um brilho nos olhos)

— Sim, Diva.

— “O fascínio excitante dos amantes, em êxtases, ênfases e colírios, me faz, no verbo, delirar…” Essas palavras não são apenas poesia… são realidades.

— Sinto isso todas às vezes que estou com ela.

Nivaldo (com um sorriso brincalhão) DEBOCHANDO:

— Parece que você está apaixonado até a alma, amigo.

— Mas essa intensidade toda… não te assusta?

Nelinho: (pensativo)

— Assusta, Nivaldo.

— Mas é esse medo que torna tudo tão real.

— O medo de perder… o medo de me entregar completamente.

— E é aí que o poema nasce.

— No meio desse medo e desse desejo.

— É um fogo que me consome, mas eu não quero apagá-lo.

Solange: (comovida)

— Amor assim… é raro.

— Você precisa continuar escrevendo, Nelinho.

— Precisa deixar que esse fogo te guie.

Mãe de Nelinho (D.ª Lulu): (com uma voz suave)

— Sempre deixe seu coração falar, meu filho.

— As palavras que você escreve são a sua verdade.

Nelinho: (com gratidão)

— Obrigado, mãe. Vocês todos… fazem parte disso também.

— Esse poema não é apenas sobre um momento, mas sobre tudo o que aprendi com vocês.

— O amor, o desejo, o fogo… tudo isso é moldado pelas pessoas que cruzaram o meu caminho.

Margareth: (sorrindo)

— Então vamos brindar ao amor, aos amigos e a essas paixões que nos fazem viver!

Todos: (em uníssono, levantando suas taças) Ao amor!

E assim, no calor de uma noite em Perdizes, entre amigos e familiares, nasce o poema “ÊXTASE EMPOLGANTE”, inspirado pelos sentimentos profundos e pelo diálogo com aqueles que cercam o poeta, dando vida às palavras que fluirão para o papel.

O poema “ÊXTASE EMPOLGANTE”, de autoria de Makleger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes), escrito em 07/09/1982, é uma poderosa expressão de desejo, paixão e entrega emocional.

Com versos carregados de imagens sensoriais e uma forte carga erótica, o poema nos transporta para um cenário íntimo onde os sentidos se aguçam e o amor se torna quase uma experiência transcendente.

A obra utiliza elementos visuais, sonoros e táteis, como o “zumbido em um tom colorido ao ar” e “flashes contínuos”, para transmitir a intensidade emocional e física do momento vivido pelos amantes.

A repetição de temas como “êxtase”, “delírio”, “carícias” e “malícias” reforça o ritmo envolvente e a tensão crescente da narrativa, culminando em um sentimento de total imersão e fusão dos corpos e almas.

A figura do poeta emerge como um ser dominado por seus desejos, buscando ser o “supremo” para sua amada, enquanto ambos se perdem em um “jogo perverso de malícias”, que simboliza a complexidade e o poder avassalador do amor.

A entrega mútua é descrita de forma intensa e detalhada, misturando o físico com o emocional e espiritual.

A estrutura do poema, repleta de repetições e paralelismos, reforça a cadência da emoção que sobe e desce, como numa dança contínua entre o desejo e a satisfação.

As “obscenas carícias” e as “lavaredas de delícias” são metáforas que evocam não só o prazer físico, mas também o fogo interior que consome e renova os amantes.

“ÊXTASE EMPOLGANTE” é uma celebração do amor e da paixão em sua forma mais visceral e sublime, um reflexo da poética característica de Makleger Chamas — visceral, intensa e profundamente romântica.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 23/09/2024
Reeditado em 23/09/2024
Código do texto: T8157773
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