Insanidade

Deixe que eu seja o louco,

Que distribui versos por tão pouco,

Que nas noites frias sonha com a alegria,

E desperta nas manhãs com nostalgia.

Deixe que eu seja assim,

Como amor sonhado nas noites sem fim,

Esquecido de mim, desventurado amor,

Adormecido em meu coração, seu sabor.

Deixe que a loucura tome conta de mim,

Que a saudade seja esquecida enfim,

E nos teus braços eu encontre a paz,

Que na minha loucura não se desfaz.

Por fim, deixe que a insanidade me leve,

Para lugares onde o amor não seja breve,

Onde não se esquece, não desaparece,

Um mundo onde meu sonho permanece.