CORAGEM

Opalas! Luzentes, siderais!

Ora as vejo, e mais sonho

Frio e solitário olhar, e pensativo suponho,

Tentando nos versos sufocar meus ais!

Como orbes, dançam ao redor do infinito

Lembrando as Divas, Valkirias morenas,

E o beijo das mulheres de Atenas...

Foi o olhar, meu maior delito!

Desponta, possível fosse, Estrela Cadente

E aponta a injúria do homem que mente

Maldizendo o meu olhar ao teu!

Ah! Descesse sobre mim o austo

A gota de misericórdia rogada por Fausto,

A coragem a rogar teu nome, como rogou por Andrômeda, Perseu!

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Observação

1 – “Opalas” – Se refere aos olhos da menina

2 – “austo” – Está no sentido de “hálito, fôlego Divino”

3 – “Andrômeda” – “Princesa grega, desejada por Perseu”

André da Costa
Enviado por André da Costa em 14/09/2024
Reeditado em 14/09/2024
Código do texto: T8151154
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