CORAGEM
Opalas! Luzentes, siderais!
Ora as vejo, e mais sonho
Frio e solitário olhar, e pensativo suponho,
Tentando nos versos sufocar meus ais!
Como orbes, dançam ao redor do infinito
Lembrando as Divas, Valkirias morenas,
E o beijo das mulheres de Atenas...
Foi o olhar, meu maior delito!
Desponta, possível fosse, Estrela Cadente
E aponta a injúria do homem que mente
Maldizendo o meu olhar ao teu!
Ah! Descesse sobre mim o austo
A gota de misericórdia rogada por Fausto,
A coragem a rogar teu nome, como rogou por Andrômeda, Perseu!
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Observação
1 – “Opalas” – Se refere aos olhos da menina
2 – “austo” – Está no sentido de “hálito, fôlego Divino”
3 – “Andrômeda” – “Princesa grega, desejada por Perseu”