Ciúmes

Tenho ciúmes de ti quando o vento cioso,

Se enrosca em teu corpo de mulher,

E te rodeia e te acaricia, caprichoso,

E brinca com teus cabelos como quer.

Se envolve no teu agradável perfume,

E ao querer, silencioso, vai embora,

Oferecendo a mim um sabor ardume,

De inveja, desejo e a falta que aflora.

O vento injusto por mim passa cruel,

Deixando o teu suave perfume e a emoção,

De sentir na boca um gosto acre de fel,

No rosto triste, as lágrimas da paixão.

Se um dia a estrela da vida me for justa,

Fizer, por sorte, você me acontecer,

Por certo, serás divinamente augusta,

Me fazendo sentir prazer de viver.

Quero ser o vento suave a te tocar,

E na beleza do ser, te ver sorrindo,

Mergulhar no teu perfume e respirar,

Ficar te rodeando e nunca mais partindo.

Quero apenas que me dixe te falar,

Da porção que me envenena, do teu amor,

Como guardo meu sofrer sem te contar,

Como é estranho suportar tamanha dor.

JarbasTaboza
Enviado por JarbasTaboza em 13/09/2024
Código do texto: T8150623
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