Cheiro de saudades
*
O vento assanhou
o tempo
na passagem pela ponte
e por baixo da saia cigana
rebolou nas curvas
da menina.
Que ia
Pensativa
semi acordada
viajando
Seguiu seus passos
como cachorro vagabundo
embriagado
com seu perfume
Ate ela cair sutil
nos braços do namorado
A brisa virou vendaval
arrebatou o tempo
jogou-lhe ao espaço
E depois de
Dadas as mãos
nada mais assentou.
E o vento seguiu correndo
cheio de aroma de saudades
do lado de fora do metrô.
- Jessiely Soares -