Enigmática sentença

Sob o véu cinzento da tarde que se esvai,

Gotas batem fortes, num ritmo infernal,

Minha mente alucinada busca a saída,

Mas não encontra o desfecho final.

Ciclos se encerram, outros recomeçam,

E eu, perdido em contas que não fecham,

O coração partido, a alma em pedaços,

Sofrendo por amor, me desfaço em cacos.

De um lado, a paixão, chama que me consome,

Do outro, a traição, uma ferida aberta,

Estranha equação, um eterno dilema,

Uma dor sem fim, um fardo que aperta.

Visões me perseguem, dia e noite, noite e dia,

Razão perdida, a loucura me guia,

Persigo um amor, que nunca foi meu,

E me deixa à deriva, com o peito ferido.

Em vão, tento decifrar esse enigma,

Os sinais são sombrios, labirinto sem saída,

A prova desse amor, enigmática sentença,

Perdi a esperança, afogado na impermanência.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 09/09/2024
Reeditado em 09/09/2024
Código do texto: T8147815
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