Enigmática sentença
Sob o véu cinzento da tarde que se esvai,
Gotas batem fortes, num ritmo infernal,
Minha mente alucinada busca a saída,
Mas não encontra o desfecho final.
Ciclos se encerram, outros recomeçam,
E eu, perdido em contas que não fecham,
O coração partido, a alma em pedaços,
Sofrendo por amor, me desfaço em cacos.
De um lado, a paixão, chama que me consome,
Do outro, a traição, uma ferida aberta,
Estranha equação, um eterno dilema,
Uma dor sem fim, um fardo que aperta.
Visões me perseguem, dia e noite, noite e dia,
Razão perdida, a loucura me guia,
Persigo um amor, que nunca foi meu,
E me deixa à deriva, com o peito ferido.
Em vão, tento decifrar esse enigma,
Os sinais são sombrios, labirinto sem saída,
A prova desse amor, enigmática sentença,
Perdi a esperança, afogado na impermanência.