RE...PARTIDAS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
RE... PARTIDAS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
Quando partiste, meu adeus ficou no porto,
absorto... fitando as ondas do mar.
Observando-as, descobri que meu olhar
morreu no teu, mas nosso amor nunca foi morto.
Já nem consigo nem ao menos te enxergar
e, quando o tento, uma aguda miopia,
faz meu silêncio rabiscar a fantasia
que eu insisti, numa saudade... conservar.
Barcos ancoram, passageiros vêm e vão,
as águas cumprem o ofício de os levar,
ou de os trazer, mas não me canso de aguardar
teu velejar solto no mar da solidão.
Quando voltaste, na bagagem, tu trouxeste
tantas histórias, tanto enredo e ficção
que escreveste dentro do teu coração...
....meu coração? ...eu nem sei mais onde puseste.
Hoje sou barco cauteloso... quando parto,
farto da espera, cada onda que me vem,
é um convite sedutor que me convém
e em outro mar, eu me completo... e me reparto.
Às 7h e 30min do dia 1 de fevereiro de 2024.