Carolina
Sob o céu de brigadeiro,
ele improvisou o papel amassado
da sacola de pães
e escreveu alguns poemas
para aquela que ele
considerava a moça mais bela;
suas mãos tremeram
e a caligrafia saiu torta.
Surpreendentemente,
as palavras explodiram
feito bomba. E Carolina,
que era acostumada a dar bolo,
ficou doce feito um pudim
e retribuiu o gesto com uma
cesta repleta de sonhos realizados.